7 doenças que são transmitidas no sexo oral

Você já pensou em se proteger quando fazia sexo oral?

Normalmente só começamos a pensar em nos proteger quando existe a intenção de penetrar.

O risco de contágio é menor que no sexo vaginal e anal, mas existem sim doenças que podem ser transmitidas e é importante que você saiba quais são e como evita-las.

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Existe o risco mesmo sem ter contato com o esperma

Existem doenças que são transmitidas apenas pelo contato da pele íntegra como, por exemplo, a sífilis, onde não é preciso ter lesões ou feridas na boca, basta ter a presença da bactéria.

Obviamente, se você tiver qualquer tipo de machucado, ferida ou aftas na boca o risco aumenta.

Existe o risco para quem recebe o sexo oral também

Apesar de que quem faz sexo oral no(a) parceiro(a) sem proteção corre mais riscos de contrair uma IST, pois se expõe ao sêmen ou fluidos da vagina ou do pênis, não quer dizer que quem receba não corra riscos, pois se por exemplo o parceiro(a) tiver Herpes você também pode contrair.

Além das ISTs(ou DSTs) existe mais algum risco?

Embora uma das causas mais frequentes de câncer bucal e de orofaringe seja o tabagismo, alguns tumores foram associados à infecção por HPV, o mesmo que pode causar câncer de colo uterino e verrugas nos órgãos genitais.

7 doenças (ISTs) que podem ser transmitidas no sexo oral

1) HPV

A infecção genital pelo papiloma vírus humano (HPV) é a doença sexualmente transmissível mais comum no mundo e acredita-se que o aumento de infecção na boca pelo HPV tenha relação com a prática de sexo oral sem proteção.

Somente cerca de menos da metade dos infectados tem evidencias da doença, como verrugas, por exemplo.

Saiba mais sobre o HPV.

2) Clamídia

Pode ser transmitida durante o sexo oral para ambos os participantes, embora o contato com o esperma eleve o risco.

Saiba mais sobre a Clamídia.

3) HIV

Não existe comprovação de contagio do vírus HIV pelo sexo oral.

Na dúvida é melhor se prevenir, até porque pacientes com AIDS tem baixa imunidade e são mais suscetíveis a outras infecções que também podem ser transmitidas durante o ato desprotegido.

Saiba mais sobre o HIV.

4) Herpes

Pode ser transmitida já no contato da pele infectada, seja no beijo ou sexo oral. Quem recebe ou faz pode ser contaminado igualmente.

Saiba mais sobre Herpes.

5) Gonorreia

Existe transmissão por sexo oral para os dois envolvidos no ato.

O contato com a ejaculação ou secreção é mais infectante, mas pode ser transmitida mesmo sem lesões.

Saiba mais sobre Gonorreia.

6) Sífilis

O contato com o esperma aumenta o risco de transmissão pelo maior número de bactérias presentes e tanto quem recebe, quanto quem faz, pode contrair a doença.

Saiba mais sobre Sífilis.

7) Hepatites

É mais fácil contrair o vírus da Hepatite B que o vírus HIV numa relação desprotegida.

O contágio se dá principalmente pelo contato com as secreções infectadas (sêmen, secreção vaginal ou anal).

Já a hepatite C, apesar de não ser comum, também pode passar pelo contato sexual, embora a sua principal via de transmissão seja pelo contato com sangue contaminado.

Saiba mais sobre Hepatite.

Como se proteger no sexo oral

Segundo o Ministério da Saúde, o melhor método é usar o preservativo em todas as relações.

Para o sexo oral com proteção no homem é fácil, é só colocar um preservativo.

Para o sexo oral com proteção na mulher, você pode fazer o seguinte:

Camisinha para sexo oral
Imagem: https://www.cdc.gov/

Pegue o preservativo masculino, abra ele totalmente desenrolando até o final.

Na parte de baixo onde fica aquela argola você corta essa argola e elimina, e com isso ficará somente com o preservativo sem a argola.

De baixo para cima, da base do preservativo sem a argola até na ponta dele, onde ficaria a glande, faça um corte reto, de baixo pra cima.

Isso vai dar a possibilidade de você abrir o preservativo e deixar ele aberto como se fosse uma folha de papel.

Com o preservativo todo aberto você apoia sobre a mulher na área que vai fazer o sexo oral.

Pode ser utilizado também o Dental dam, que é uma película de látex (muito utilizada pelos dentistas para isolar o dente a ser tratado), pois funciona como um método de barreira também.

Evite: O uso de filme plástico (aqueles usados para proteger alimentos) está contraindicado, pois eles são mais finos e porosos, e a proteção não é tão segura.

Alérgicos: Para os alérgicos ao látex também existe a opção do Dental dam em silicone.

Vacinas para alguns casos: Além disto, não podemos esquecer também que para algumas doenças como, por exemplo, o HPV, existe vacinas.

Importante sempre lembrar: Previna-se sempre e procure regularmente o seu Ginecologista, pois embora muitas ISTs tenham tratamento, muitas não têm cura e podem deixar sequelas.

Fontes:

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Giorgia Pasquali

Giorgia C. Lauriano Pasquali é Médica ginecologista, possui título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO e curso de colposcopia pela CETRUS- SP.


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