Voyeurismo: o que você tem a “ver” com isso?

Você já sentiu tesão em espiar pessoas em situações eróticas ou sexuais?

Em olhar alguém tomando um banho, espiar querendo ver algo a mais? Ou a cena clássica, olhar alguém pela fechadura da porta?

Sabe o prazer do Big brother? Aquele medo de ser pego observando, misturado com excitação sexual?

Então, tudo isso tem a ver com voyeurismo, e mais um pouco.

Muitas pessoas são curiosas sobre sexo, e todos nós temos, em algum grau, um pouco de voyeur. Mas quando esta curiosidade passa de um certo “limite”, recebe o nome de voyeurismo.

Trata-se de alguém ter satisfação sexual em espiar outras pessoas em comportamentos íntimos como se despir ou manter uma relação sexual.

Aqui vamos diferenciar os níveis de voyeur.

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Você é Voyeur?

Uma pessoa praticante do voyeurismo é chamada de voyeur (do francês: aquele que vê).

O anonimato é o principal fator para o voyeur ficar excitado. Você gosta de observar sem ser visto?

Quer saber se você possui este fetiche? Através de alguns fatores é possível detectar se uma pessoa é voyeur. Veja alguns deles:

  • Um voyeur se sente muito à vontade ao assistir estranhos se despindo ou fazendo sexo.
  • Alcança a excitação sexual em um desses casos, ou em ambos.
  • Sente necessidade de olhar pessoas nuas para alcançar a excitação sexual.
  • Tem fantasias frequentes sexuais em assistir pessoas se despindo ou fazendo sexo.

Se você apresenta algum destes fatores ou mais, pode ser indício de que você seja, em algum grau, voyeur.

Mas não se preocupe, certo grau de voyeurismo é comum, sobretudo entre jovens e adultos do sexo masculino, mas também está em crescimento entre as mulheres.

Você sabe de onde vem este fetiche?

Olhar e fantasiar é saudável e natural. Está presente em todas as culturas e pode variar de pessoa para pessoa.

Tem relação direta com nossa Biologia (respostas sexuais que temos ao que vemos) e também direta relação com a nossa Psicologia (desejo sexual em ver).

Assim faz sentido que, no geral, um voyeur não veja nada de errado em ter este comportamento.

Na maior parte das vezes, o voyeur não costuma se relacionar diretamente com as pessoas que observa. Ele espia essas pessoas porque isso lhe dá algum prazer sexual.

Fetiche

Vouyeurismo e sexo

É claro que existem casos em que esta ação pode ser feita através de consenso e é sobre o consenso que também precisamos falar.

Por ser um comportamento sexual muito comum, alguns casais adotam essa prática para apimentar a sua vida sexual.

Existem pessoas que sentem excitação ao observarem sua parceria nua que, por sua vez, sente-se excitada em ser observada nua.

Neste caso, ele sendo um pouco voyeur e ela um pouco exibicionista, combinam-se, pois ambos têm prazer com isto.

Em outros casos a excitação é em observar a parceria transando com outra pessoa.

Em todos estes casos existe consentimento e novamente pitadas de voyeurismo dele e exibicionismo, neste caso dela (outro fetiche comum).

Voyeurismo e sexo

Voyeur se excita apenas em observar?

Na maioria das vezes sim.

Se o objeto de desejo do voyeur é conquistado visualmente (ele vê o que deseja ver), a resposta sexual de excitação é automática (ereção deles ou lubrificação delas).

É comum também a prática da masturbação enquanto se observa como forma de saciar sua vontade (tesão atendido) podendo até alcançar o orgasmo.

Muitos homens também gostam de observar suas parceiras se masturbando enquanto eles também se masturbam e assim temos mais uma modalidade de prazer pelo que é visto.

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Quando o voyeurismo é um problema?

A grande maioria dos voyeurs não vão além de observar alguém, ou observar uma situação, sem ser visto.

O voyeurismo será um problema quando reconhecido como um transtorno sexual. É um problema se isto estiver incomodando, ou até lhe gerando conflitos.

Na maioria dos casos são homens que lutam contra a sua própria satisfação sexual, desejos e vontades. Este confronto é interno entre o que o voyeur quer fazer e o que de fato pode fazer (valores, regras sociais).

Por isto eles são muitas vezes indivíduos sexualmente frustrados por terem dificuldade nas relações sexuais e nos vínculos afetivos.

É importante você entender também que, quando o voyeurismo não é consensual, pode implicar em algo mais grave, como invasão de privacidade ou perseguição (saber detalhes sobre a pessoa observada sem o consentimento dela) e tudo isso é crime.

Se desejar tratamento

Se você sentir que tem esta mania ou vontade de espiar pessoas em sua intimidade, talvez seja uma boa ideia conversar com um psicólogo especialista em sexualidade para ter certeza que este fetiche não irá prejudicar a sua vida.

Através da psicoterapia um voyeur aprende a controlar o impulso de observar as pessoas sem o seu consentimento, e a alcançar a satisfação sexual de outras formas.

Marcos Santos psicólogo especialista em sexualidade
Marcos Santos

Marcos Santos é Psicólogo, Sexólogo e Terapeuta Sexual com 10 anos de experiência. Ele é Especialista em Sexualidade Humana, com formação em Sexologia e Educação Sexual.


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