Cólica menstrual é uma dor nada agradável. Um problema que atinge 50% das mulheres e que quem sente sabe o quanto esta dor atrapalha o dia a dia.
Você algum dia já passou por uma situação assim? Ou conhece alguém que passou?
Se este problema atinge você também eu vou te ajudar. No final deste texto vou te passar 11 dicas para facilitar a sua vida e que vai diminuir muito a sua dor.
Experimente, você vai ver que vai muito te ajudar.
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O que é cólica menstrual
Você facilmente reconhecerá a cólica.
É caracterizada por dor em baixo ventre, na região pélvica (mais conhecida como bacia), que pode vir antes ou durante a menstruação e estar associada com outros sintomas, como:
- náuseas
- diarreia
- vômito
- cansaço
- dor de cabeça
Por que a cólica acontece?
Todo mês o corpo da mulher é preparado para receber um bebezinho, criando uma camada no endométrio(dentro do útero) para nutrir e proteger o embrião.
Quando a fecundação não ocorre, hormônios no nosso corpo agem para eliminar esta camada, descendo em forma de menstruação.
O hormônio responsável por contrair o útero nesta fase é a Prostaglandina, o aumento dele é o que causa a dor pélvica neste período do mês.
Sinal de Alerta: Quando você deve se preocupar?
Cólica Primária
Em algumas mulheres estas contrações são mais intensas e pode levar a um fluxo menstrual maior.
Quando a cólica é causada apenas devido à elevação da Prostaglandina, caracterizada como cólica primária, é uma condição considerada normal.
Cólica secundária
Na cólica secundária, a dor é provocada por doenças inflamatórias, como a endometriose, em que partes do endométrio se encontram em outras regiões do corpo, sofrendo as mesmas influências dos hormônios e causando dor intensa.
Outras condições podem levar a cólicas incapacitantes, como miomas uterinos, adenomiose, fibromas uterinos, etc.
Por isso, fique atenta se você estiver sentindo também outros sintomas como dor acíclica (não tem momento para aparecer, mesmo sem menstruar), dor ao evacuar, dor na relação sexual, dentre outros.
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O acompanhamento do seu ginecologista nestes casos é indispensável.
11 dicas para aliviar a dor da cólica menstrual
Preparamos 11 dicas que vão te ajudar a aliviar a dor da cólica menstrual.
Preste atenção no seu corpo e nas suas reações. Cuide sempre de você.
1) Se conheça
Descobrir em qual período do mês a dor mais acontece pode te ajudar a não ser pega de surpresa.
Faça o seguinte, anote na sua agenda ou em aplicativos de celular o período do mês que a cólica sempre aparece.
Desta forma, você poderá usar compressas ou realizar as outras dicas antes mesmo da cólica aparecer e evitar que sinta a dor!
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2) Compressa quente
Uma compressa no baixo ventre é muito bem-vinda para aliviar a dor.
O calor ajuda nossos vasos sanguíneos a aumentarem de calibre, a dilatar, facilitando a passagem do sangue.
Isso vai proporcionar um relaxamento no seu corpo também.
3) Banho de assento com água morna
Numa bacia grande (de preferência esmaltada, evite plástico ou alumínio), coloque água morna e fique sentada por 20 minutos.
Da mesma forma que a compressa, o calor irá relaxar os músculos de toda a região pélvica, inclusive os da região íntima.
E não se preocupe quanto ao fluxo menstrual: ele é limpinho, rico em nutrientes, e mesmo que saia um pouquinho durante o banho de assento, não vai te fazer nenhum mal.
4) Aposte na camomila
Você pode associar o chá de camomila com as dicas anteriores, fazendo compressas de pano com camomila dentro para esquentar e usar em baixo ventre.
Da mesma forma, você pode pegar duas mãos cheias da erva, fazer um chá e misturar no banho de assento.
A camomila tem propriedades analgésicas, relaxantes e anti-inflamatórias, e vai te ajudar a dar um alivio da dor mais imediato.
5) Tome chás
Erva-cidreira, hortelã, camomila e canela tem propriedades calmantes que ajudam no combate da cólica menstrual.
6) Realize movimentos da região pélvica
Em posição de 4 apoios, você pode realizar movimentos para frente e para trás.
Em pé, você pode realizar movimentos girando a pelve para um lado e para o outro.
A mobilização facilita a circulação sanguínea.
7) Faça automassagem
Massagem na região pélvica relaxa os músculos que geralmente ficam tencionados nesta fase do mês.
Massagear os pés também ajudam, pois na medicina chinesa existem pontos que ligam ao útero, melhorando a dor através da reflexologia.
Para facilitar o deslize, utilize hidratantes ou óleos que você utiliza no seu dia a dia.
8) Cuide da alimentação
Prefira os alimentos frescos e mais leves, como frutas vermelhas e os vegetais folhosos.
Evite os que são ricos em açúcar, os gordurosos e as frituras, pois estes aumentam a produção dos hormônios responsáveis pela dor.
Evite cafeína, enlatados, comidas muito condimentadas ou apimentados. Para mais orientações é essencial a consulta com um(uma) Nutricionista.
9) Faça atividade física
Abuse dos alongamentos (principalmente das pernas e da coluna) e prefira os exercícios aeróbicos, como caminhadas, ioga ou dança.
A atividade física proporciona liberação de endorfina, um analgésico natural.
10) Descanse e evite o estresse
Situações que possam irritar você aumentam a intensidade da dor.
O descanso te proporcionará um relaxamento em todo o corpo e diminui o sintoma da dor.
11) Faça fisioterapia pélvica
A fisioterapia pélvica trabalha com recursos analgésicos, através de eletroterapia, massoterapia, mobilizações, termoterapia, fototerapia, dentre outros, que irão te proporcionar bem-estar a longo prazo, por liberar as regiões da sua pelve que se encontram mais tencionadas e irá aumentar o seu limiar de dor.
Além disso, o fisioterapeuta pélvico irá cuidar de toda a sua região íntima, prescrevendo exercícios para os músculos desta região e te dando orientações para fazer em casa que irão diminuir a intensidade das cólicas.
Não esqueça que o acompanhamento ginecológico é de suma importância.
Automedicação pode ser prejudicial ao seu organismo, pois irá te deixar condicionada a sempre precisar desta forma de alívio e podendo, inclusive, não ser mais suficiente, além de diversos efeitos colaterais.
Fique atenta para qualquer sintoma que ultrapasse o nível de normalidade.
Cólicas incapacitantes podem estar relacionadas a doenças que apenas a consulta médica irá te ajudar através de exames de sangue e imagem para um melhor diagnóstico.
Fontes:
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- CARDOSO, Thaís Soares Munguba. A equivalência da dança do ventre à cinesioterapia na terapêutica da dismenorréia primária. Fisioterapia Brasil, v. 4, n. 2, p. 96-102, 2019
- LEITE, Maria Clerya Alvino; DA NÓBREGA, Maria Mirtes. A DISMENORRÉIA PRIMÁRIA COMO PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA. Revista de Ciências da Saúde Nova Esperança, v. 6, n. 1, p. 8-19, 2008.
- Fisioterapia na dismenorreia primária: revisão de literatura
https://www.scielo.br/j/rdor/a/8KGfmnW38Cpt67wfZbZdtcS/?lang=pt - Relação entre o nível de atividade física e a incidência da síndrome pré-menstrual
https://www.scielo.br/j/rbgo/a/JKcyCTkG3SNf4v6fCRsPCsm/?format=pdf&lang=pt - Aspectos nutricionais relacionados ao ciclo menstrual
https://www.scielo.br/j/rn/a/PjnypW5yJBdwg7yPYkXG6tQ/?format=pdf&lang=pt - Potencial terapêutico e uso de plantas medicinais em uma área de Caatinga no estado do Ceará, nordeste do Brasil
https://www.scielo.br/j/rbpm/a/k8cDGCLh3WTwtBtYjttCSfs/?format=pdf&lang=pt - Dismenorreia primária: tratamento
https://www.scielo.br/j/ramb/a/J8NzCbZLHrcbzMHgD5phXLw/?lang=pt