De todas as queixas femininas, a falta de desejo sexual é a mais ouvida em clínica de Terapia Sexual, em lojas de roupas, cabeleireiros, clínicas de estética, em ambientes de massagem e círculo de amizades.
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Por que o desejo sexual diminui com o tempo?
Respondo lançando novas perguntas.
Como é passear no mesmo parque, todas as semanas, nos mesmos dias da semana, nas mesmas horas, nos mesmos locais, percebendo as mesmas belezas como estímulos?
É o que ocorre exatamente no sexo.
Como é fazer sexo, todas as semanas, nos mesmos dias da semana, nas mesmas horas, nos mesmos locais, vivendo os mesmos estímulos?
Estranho seria, se os relatos fossem de que o desejo é intenso fazendo sempre a mesma coisa. Deste jeito é esperada a falta de desejo sexual.
O que nos ensinaram sobre sexo
“Eu já sei como vamos começar, o que vamos fazer, onde vamos terminar…” é uma frase comum em mulheres.
Isto porque os estímulos são sempre os mesmos. Ensinaram-nos que sexo se começa com beijo na boca, retirada da roupa primeiro do homem depois da mulher pra ela não ficar sem graça se estiver nua antes que o homem, sexo oral em um, depois em outro, penetração, orgasmo e fim.
E esta sequencia se repete a cada relação sexual. Qual o efeito? Perde a graça depois de um tempo. Que tal bagunçar tudo isto? Começar e acabar diferente? Sem seguir essa sequência?
Casais têm casas de 100m2 e continuam transando a vida inteira em 2mts por 2mts, esquecem a casa e limitam-se ao quarto, ou seja em cima da cama.
Encontram-se nas Quartas, Sextas, Sábados ou Domingos. Domingo o encontro frequentemente acontece antes de dormir, para iniciar bem a semana.
Falta de desejo sexual é o esperado!
Outros fatores que influenciam o desejo sexual
Outro fator, jogamos o sexo para a última atividade do dia e queremos que ela venha em nível de qualidade como primeira?
Depois de estudar, trabalhar, tratar os filhos, ajeitar a casa, vamos para a cama e esperamos ser o sexo o ponto alto da noite?
Como é pegar uma bicicleta as 11:00h da noite depois de um dia cheio de atividades?
Dá o mesmo prazer que andar com ela mais cedo? Ao final da noite estamos cansados. O que se pode esperar disto? Queda do desejo sexual.
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A monogamia
Por fim, não somos monogâmicos por natureza. Nenhuma ciência mundial que estuda o ser humano (Sexologia, Medicina, Psicologia, Sociologia, Antropologia, etc…) aponta o ser humano como ser monogâmico.
Ficamos monogâmicos, porque nos ensinam que assim devemos ser, mas a natureza humana não é monogâmica.
Sabe qual a consequência de irmos contra a natureza? Lesões para nós mesmos.
Estar com alguém a vida inteira, na sua quase totalidade dos casos, leva a perda do desejo, se não, no mínimo a diminuição intensa dele.
Outras questões contribuem para a diminuição do desejo: stress, ansiedade, desentendimento entre o casal, uso de alguns fármacos, doenças físicas ou psicológicas.
Mas cuidem destas primeiras citadas que já verão benefícios.
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